segunda-feira, setembro 22, 2008

Luta política cria ''apagão'' na área de inteligência

Por Felipe Recondo e Marcelo de Moraes Estadão A área de inteligência do governo federal chegou ao fundo do poço e passa hoje por um verdadeiro apagão. É um processo que envolve guerras políticas, invasões de competências, ineficiência, falta de comando, suspeitas de práticas de espionagens ilegais e trocas de acusações abertas entre representantes dos principais órgãos que lidam com o setor - o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal e o Ministério da Defesa. Neste mês, essa crise chegou a um nível de caos. Em menos de 30 dias, pelo menos cinco pesos pesados da área de inteligência perderam seus cargos por motivos diversos. O setembro negro da Abin serviu para o governo ter clareza, ao menos, sobre a origem dos problemas. Sob a condição de se manter anônimo, um assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva resumiu ao Estado o debate travado hoje no Planalto. O Brasil entrou na democracia carregando a herança maldita do Serviço Nacional de Informações - o SNI do regime militar (1964-1985) que tudo ouvia e tudo via sem lei e sem controle -, e não conseguiu estruturar um serviço de inteligência que faça jus ao tamanho do País, à complexidade dos problemas e às necessidades do Estado. "À falta de uma política de inteligência, todos os governos, sem exceção, adotaram a ?política do fusível?. Todos tentaram escolher diretores que funcionassem como fusíveis que isolariam os problemas. Quando o problema estoura, troca-se o fusível, mas o problema é a falta de sistema elétrico, falta a política público do setor."O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Comissão de Segurança Pública, ressalta o fato de que o governo Lula "aumentou o potencial problemático da área ao escolher homens de investigação para um serviço de informação especial e inteligência, que não resistem à tentação de arrastar a Abin para o jeito policial de ser". Ele se refere aos casos do delegado Mauro Marcelo, da Polícia Civil de São Paulo, que caiu em julho de 2005, e Paulo Lacerda, delegado de longa carreira na PF afastado da direção-geral duas semanas atrás. Assinante lê mais aqui

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