quinta-feira, outubro 02, 2008

Rei diz que Lula é a Gilda do marketing

Do Rei
Os mitos do lulismo numa ocorrência aparentemente banal. Ou: Lula é a Gilda do marketing

Leia primeiro o post abaixo: As pessoas têm talentos naturais, não adianta negar. Lula também. Petistas e petralhas dirão: “O talento natural dele é governar”. Não! É marketing. Lula é o maior marqueteiro do Brasil, entre vivos e mortos. É a Gilda da autopropaganda. Nunca houve — nem haverá — ninguém como ele. A notícia do post anterior parece simples, parece corriqueira, mas ela traz em si um conjunto de mitos, de fantasias, do lulismo. Dissociação Lula-governo – Há a máquina burocrática e suas necessidades, e há Lula, que é outra coisa. Aquela pode ser lenta, perversa até, mas o presidente é sempre mais bondoso do que ela. Lula porta-voz do povo – Esse Lula que manda no governo, mas que não é o governo, coloca-se, então, como porta-voz dos anseios populares diante da máquina. “Olhem lá, hein?, nada de vocês cortarem o crédito do povo.” Isso faz supor que, sem a sua intervenção, o governo poderia ser mais severo com a massa. Lula herói romântico – Lula encarna a figura do herói romântico. Embora ele seja produto, como é sabido, de um partido que foi construindo a sua hegemonia ao longo dos anos, o homem não abre mão de, digamos assim, privatizar as decisões do governo e os destinos do país. A exemplo do herói romântico — sim, leitor, aqueles dos romances do Romantismo mesmo, que você estudou (ou deveria ter estudado) no colégio ou no cursinho —, as coisas acontecem por causa dele; os fatos dependem de sua intervenção pessoal. Todos sabemos que o petróleo apareceu no pré-sal, nas suas palavras, porque “Deus decidiu dar uma ajuda àquela baianinho...” Alguns inocentes acham que ele estava brincando... Governo é sempre mau – Lula também investe na fantasia de que governos são sempre maus — menos o dele e por causa dele. O que quero dizer com isso? Dadas a crise mundial e as incertezas, o prudente, o correto, é ser moderado com o crédito. Em vez desse laxismo creditício, um governante deveria, isto sim, recomendar prudência — até porque o endividamento dos brasileiros já é preocupante. Mas não Lula. Isso o obrigaria a se comprometer com um medida nem tão popular assim. O Apedeuta é aquele que dá crédito. E quem eleva os juros é o Banco Central. Lula é o povo reivindicando, e o BC é o governo... governando. E jamais se esqueçam de que, com efeito, uma parte do jornalismo político se dedica a divulgar essa mitologia. Comporta-se apenas como mensageira de Zeus Capitolino.

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