domingo, março 15, 2009

Noivas de Cordeiro

" Chamada de prostituta, criou sua família e filhos. Com o passar do tempo, o preconceito e o isolamento aumentavam ainda mais. Para piorar a situação, por volta de 1940, o Pastor Anísio Pereira se mudou para o povoado e criou uma igreja com suas próprias regras e preceitos, bastante rígidos e limitadores que só fortaleceram a discriminação pela comunidade.

Assim passaram mais de 100 anos de preconceitos, de isolamento, de calúnias. A igreja acabou com o tempo e a comunidade abandonou qualquer tipo de religião, o que ajudou a piorar um pouco mais.

O fim da história é fantástico e não vou contar para não estragar. Mas “Noivas do Cordeiro” é uma das mais belas histórias que eu já vi, uma comunidade que mantém um relacionamento quase utópico. Ninguém mantém posses, tudo que se cultiva é dividido na comunidade, todos usam a roupa de todos, todos almoçam e jantam juntos, criam filhos juntos. O que a igreja católica condenou como uma heresia se mostrou na verdade uma história de amor ao próximo, sem precedentes.

Você precisa conhecer. “Noivas do Cordeiro”

Sérgio Rodrigues Reis - EM Cultura

Beto Novaes/EM/D.A Press
A incrível história da comunidade rural da cidade de Belo Vale que, por causa do preconceito, decide se auto-isolar da sociedade e criar regras próprias de convivência, é a principal atração da semana do canal pago GNT. No documentário Noivas do Cordeiro, o cineasta Alfredo Alves recupera parte da trajetória de superação das cerca de 200 mulheres do lugar, por meio de depoimentos, registros históricos e imagens da paisagem das montanhas. O olhar sensível e o clima de emoção são fios condutores da narrativa, repleta de reviravoltas e revelações, numa história que se tornou pública após série de reportagens do Estado de Minas. Quando Alfredo Alves tomou conhecimento da situação pensou em um belo documentário. Pela delicadeza da história, preferiu enviar ao lugar a amiga Regina Santiago, da produtora BemVinda Filmes, responsável pelo projeto. “Quando cheguei, num domingo, estavam todos diante da TV. Fui apresentado à porta-voz, Rosa. Falei sobre como o documentário poderia contribuir para a quebra do estigma. Até então, ela só olhava para o tapete artesanal que confeccionava. Foram os 10 segundos mais tensos da minha vida. Depois do silêncio, levantou-se e disse que me mostraria a comunidade.” Tudo começou no fim do século 19, quando Maria Senhorinha de Lima se casou com descendente de franceses, Arthur Pierre. Três meses depois, infeliz, abandonou-o e foi morar com Chico Fernandes, no local hoje conhecido como Noiva do Cordeiro. Foram amaldiçoados pela Igreja Católica, e o preconceito se prolongou durante os 100 últimos anos. Taxadas de prostitutas, as mulheres criaram regras próprias: todas as atividades são feitas em mutirão; elas dividem as tarefas ao longo da semana, já que os homens trabalham nas cidades próximas. Não há dogmas nem formalidades entre elas. O documentário, com narração de Lya Luft, recupera com eficiência o surgimento do preconceito e os momentos mais críticos da história". YOUTUBE

Um comentário:

Anônimo disse...

A Imprensa, nos diferentes moldes, é importante para transmitir informação. Contudo, ressalvas devem ser feitas em relação ao método de exercício profissional. Um documentário espera-se deveria estar com teor histórico melhor apresentado. Perigoso quando a mentira prevalece sobre a verdade e o culpado apresenta-se como vítima. Sobre Noiva do Cordeiro, uma comunidade, marcada, no passado por inúmeras extravagâncias, não é possivel confundir o sentimento de revolta e ofensa que sentiu seus vizinhos, pela expressão de preconceito e discriminação como se as pessoas do local tivessem comportamento exemplar. No principio do século, para quem é profissional de história, sabe-se que as normas eram diferentes e as mulheres não tinham o direito que hoje detém; chama-se isto de análise de conjuntura. Quer dizer que os acontecimentos do passado dão origem ao presente, mas não podem ser observados sob a ótica do padrão dos dias atuais. Maria Senhoria de Lima separar-se de Artur Pierre ou ser expulsa de casa, conforme outra versão, não a levaria à excomunhão católica, e se ocorresse tal fato, haveria de ter docuemnto a respeito. Um fato não-comprovado. O Pastor Anísio infiltrou suas idéias fundamentalistas e foi tido como um chato, até mesmo pelos próprios protestantes. Ele não conseguiu, durante seus muitos anos de fanatismo religioso, aumentar o número de fiéis (era um chato). Mas, pasmem, quando as pessoas romperam com a sua religião eram também foram ousadas e desrespeitosas com as crenças delas mesmas, pois transformaram o local da Igreja em um Bar e lá começaram suas festas, com o que não era normal entre os vizinhos. Antes faziam jejum, e logo começaram a fumar, beber e não casar, mas o sexo tornou-se livre. Então, surgiram comentários de depravação e processos contra a imoralidade entre eles. Isto seria na verdade um comportamento que pedia para o imaginário popular construir a idéia de que todos ali se prostituiam. Fato importante, na linguagem religiosa é que o termo se aplicaria a eles, pelas perversões religiosas e pela sexualidade desenfreada (à boca pequena dizem os vizinhos que o incesto era comum em Noiva do Cordeiro, e as provas?). Do mesmo modo, o documentário deveria apresentar as diferentes versões e percepções sobre a mesma realidade. Como existem lacunas para serem preenchidas, acreditamos que os profissionais poderão, oportunamente, buscar outras pessoas para reforçar a idéia de neutralidade e transparência dos editores. Sobre o incesto, seria bom conferir o número de pessoas que dentro da comunidade mantém relação conjugal com parentes próximos e... bem considerar que o local é ermo e não existe uma rigorosa fiscalização sobre o comportamento deles. Se para eles o local sagrado foi alvo de zombaria, poderia ser que os desejos, antes controlados pelo pastor, pudessem ser agora livres e não se dizem até onde. Quanto ao que dizem as jovens e senhoras sobre o local ser de grande justiça, isto não é algo dificil de perceber, é uma mentira, basta notar as diferenças entre as casas e sabe-se os diferentes padrões de vida. Pode-se imaginar que um profissional habilidoso esteja por trás dessas pessoas, pois elas falam com uma desenvoltura de atrizes profissionais, somente com um "estranho choro" da jovem que reclama da escola de Belo Vale. Os professores estão indignados com sua fala e atestam que nunca ocorreu tal discriminação, mas sim que elas eram problemáticas na escola. Contudo, para reforçar, os professores dizem que se fosse assim tão traumático, as mesmas meninas primas delas, com idade idêntica, não seriam hoje, muitas universitárias graduadas ou academicas. Sinto muito dizer, mas o documentário e as palestras sobre pessoas e tudo sobre o local, não é assim verdadeiro. Elas não são discriminadas por serem prostitutas, mas se tornaram muito faladas por serem modernas demais para a região. No municipio não existe prostíbulo e se houvesse teria sido fechado.Mas que as meninas do local são consideradas fácil de "pegar" então isso marca o local. Ninguém condenaria e não poderia negar de tantas fotografias que existe delas antes e elas agora. Basta ver o tipo de roupa e as poses delas.

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