Barraco e ameaças no plenário do Senado

Geraldo Magela/AgSenado

Virgílio abre a sessão inválida: cenas de pastelão no Senado

O encerramento abrupto da sessão plenária por decisão da senadora Seys Shlessarenko (PT-MT), segundo-vice-presidente da Casa, deflagrou um raro espetáculo de gritos e grosserias, na noite desta quinta-feira (14). Discutia-se a instalação da CPI da Petrobras quando o PSDB recuou e não aceitou mais o acordo que havia sido anunciado durante o dia e exigiu em plenário a leitura de requerimento protocolado na véspera. O pedido não foi atendido, e a sessão foi encerrada. O acordo de líderes previa uma audiência pública com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, antes da decisão de instalar da CPI. O senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) era um dos mais exaltados e, dedo em riste, teria ofendido a secretária-geral da mesa diretora, Claudia Lyra, que orienta a observância do regimento interno. O líder tucano Athur Virgílio (AM) assumiu a presidência e reabriu a sessão, mas sem validade. Ele prometeu transformar num "inferno" a vida do presidente do Senado, José Sarney, caso a secretária não seja demitida.