quarta-feira, maio 26, 2010

Major nega uso de “delação premiada” contra Generais, policiais e políticos metidos no Escândalo do IME



2a Edição do Alerta Total 

Por Jorge Serrão

Novidades de hoje cedo, no front do escândalo do IME, indicam que existe uma campanha para tentar desmoralizar o Comando do Exército. O Major Washington Luiz de Paula acaba de negar a oficiais amigos o teor de um e-mail a ele atribuído com ataques a Generais, coronéis, capitães, burocratas do TCU ou políticos. O General Enzo Peri, Comandante do EB, precisa se cuidar, já que este é o segundo episódio, em sequência, para "queimá-lo". O outro foi a denúncia de quebra de sigilo fiscal de militares atribuída ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

O Major Washigton, investigado por problemas em licitações de consultoria no IME, deixou claro na mensagem a um oficial amigo: "É um absurdo esse e-mail. Jamais faria algo dessa natureza.Trata-se da reputacao de pessoas idoneas e acima de qq suspeita.Nada tenho haver com esse absurdo.Tenho fe que a justica e nosso exercito tomarao as medidas cabiveis.Existem ferramentas para descobrirem a verdade e isso será feito.Fico triste com meu nome na lama, mas confiante na descoberta da verdade".

Em nossa primeira edição desta segunda-feira, o Alerta Total informou que um e-mail enviado quinta-feira passada para mais de cinco mil membros do Exército, da ativa e da reserva, serviu para aumentar a dimensão política do escândalo das licitações no Instituto Militar de Engenharia – um dos mais importantes centros acadêmicos do Brasil. Na sempre viva “comunidade de informações”, surgia ontem a informação de que parte dos R$ 15,3 milhões – obtidos em licitações de consultorias técnicas entre os anos de 2004 e 2006 – pode ter sido desviada até para campanhas eleitorais de membros do governo Lula, inclusive a campanha presidencial deste ano.

O escândalo se torna mais explosivo e pode ficar incontrolável, se um dos principais suspeitos de comandar o esquema de fraudes e desvio de dinheiro público confirmar sua ameaça de apelar para a “delação premiada”. A mensagem eletrônica, supostamente assinada pelo Major Pqdt Washington Luiz de Paula, deixa clara a intenção do militar de denunciar oficiais superiores que teriam participação nos “negócios”. Washington ameaça divulgar os nomes à Polícia Federal. O oficial, acuado e acusado, pode abrir o bico para a procuradora militar Maria de Lourdes Souza Gouveia Sanson, que apura o caso.

Se a “carta” for verdadeira – o que a Procuradoria Militar já está investigando -, até a cúpula do Exército pode ter problemas políticos de sustentação. O autor da mensagem acusou: “Não esqueçam meu chefe direto, meu comandante, na época das ´ditas falcatruas´, era nada mais nada menos que, hoje, o Chefe Supremo do Exército Brasileiro, General de Exército Enzo Martins Peri, nascido no Rio de Janeiro, a 11 de abril de 1941. Ele sabia de tudo, ´tudo´ mesmo. E os outros dois generais, esses frouxos, só resolveram aparecer quando passaram para a reserva. Assim fica fácil. Não estranhem se algum deles aparecer pedindo votos ou se lamentando no Clube Militar”.

O suposto Major Washington reclama, na mensagem, que “todo o Exército Brasileiro sabe e ninguém tomou nenhuma atitude contra todos, somente contra este Major, que ora vos escreve”. O denunciante acrescenta: “A conta tem que ser paga por todos. Por que apenas este Major, que trabalhou duro para proporcionar: mordomias, lazer, patrimônios, etc., agora é abandonado e desde já condenado a pagar por este fardo que é de todos? No documento, abaixo relatado, seguem os nomes de todos meus ex-companheiros, inimigos e algozes. A partir de agora, sei que, minha cabeça está a prêmio. Se eu for eliminado, tenham a certeza que a culpa recairá na cabeça de algum (ns) desse (s) senhor (es). A Polícia Federal só tem olhos para mim. A Receita Federal triturou minhas declarações, de minha esposa, cunhadas, concunhado, sobrinho e de meu sogro. INSS, ISS e outros impostos também estão acabando com as firmas de minha família. Já houve três tentativas de assassinato a minha pessoa, todas registradas na polícia. Até que ponto eu aguentaria? Só me restou a ´Delação Premiada`”.

O ator do e-mail abusa da ironia: “Se eu for expulso, resta-me a carreira política. Vejam o caso do Capitão Jair Bolsonaro. E eu não quero explodir quartel, não sou torturador, nada parecido com esses militares bitolados, sou apenas produto do meio administrativo do Exercito Brasileiro. Resta-me, ainda, passar em qualquer concurso público, com QI acima de 170, nada para mim é difícil. Minha família estará assegurada se expulso eu for, sou dado como morto. Minha esposa e duas filhas recebem meu salário integral, esse salário de fome. Há muito tempo minha esposa e filhas estão fora do Brasil, seguras, bem de vida. Esta é a minha maior glória. Não temo nada, sou forte e tenho, na minha força, aquele que me fortalece: Deus. Deus seja louvado”.

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