quarta-feira, setembro 10, 2008

Caos na Bolívia

Na Folha Online: Grupos de manifestantes invadiram e saquearam vários escritórios estatais em Santa Cruz (foto, da Efe), informou a imprensa local. Entre os alvos estava a empresa pública de telecomunicações Entel, cuja fachada foi destruída e queimada, e a sede regional do canal de TV estatal. "Com a falta de proteção policial, grupos de vândalos conseguiram entrar nos escritórios da Televisão Boliviana, onde destruíram instalações e quebraram equipamentos", denunciou à imprensa o chefe regional da Televisión Boliviana-Canal 7 em Santa Cruz, Edgar López. Os manifestantes saquearam o escritório, destruíram computadores e móveis e fizeram uma fogueira na porta de entrada do prédio, segundo imagens da emissora privada ATB. Poucas horas antes dos protestos, o Canal 7 havia suspendido suas transmissões. Manifestantes queimam computadores, durante protestos em Santa Cruz Grupos de jovens, liderados pela União Juvenil Cruzense (UJC), também ocuparam as instalações da Entel para "entregá-las à administração do governador Rubén Costas", governador oposicionista de Santa Cruz, revelou o ex-constituinte Javier Limpias. O prédio foi ocupado no final da tarde por centenas de pessoas, que saquearam suas instalações, jogaram documentos e objetos pelas janelas, e os queimaram nas imediações da Entel. Segundo a imprensa local, os sinos da catedral de Santa Cruz tocaram "durante toda a tarde por determinação do comitê cívico", que lidera as manifestações contra Morales. Ao menos um soldado, entre um grupo que tentava conter os protestos, e vários jovens ficaram feridos, segundo a agência France Presse. Desde as 10h (11h, de Brasília), policiais e militares protagonizaram hoje uma batalha campal com os grupos de opositores, na maioria jovens. Os manifestantes exigem que o presidente Evo Morales repasse às regiões a renda petroleira que o governo decidiu destinar, em janeiro, para um programa nacional de assistência aos idosos. Nesta terça-feira os protestos já tinham se espalhado por várias regiões da Bolívia, embora os principais focos de enfrentamento com a polícia estejam se dando nos cinco departamentos governados por opositores de Morales. Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca são os cinco Estados que rejeitam o projeto da nova Constituição, proposta por Morales e exigem autonomia. Soldados tentam conter protestos da oposição contra o governo de Evo Morales, no departamento de Santa Cruz, no sudeste da Bolívia. Os manifestantes já haviam ocupado hoje os escritórios da Receita e do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA) em Santa Cruz, expulsando policiais e soldados que guardavam o local. A TV boliviana mostrou um manifestante exibindo dois fuzis e um capacete como troféu. O vice-ministro do Interior, Rubén Gamarra, responsabilizou o governador Rubén Costas e o líder civil e empresário Branko Marinkovic pelos incidentes que, segundo ele, "promovem a violência". Já Marinkovic culpou o novo gabinete, empossado na segunda-feira por Morales, que acusou de ter recebido "instruções da Venezuela" para aplacar os protestos da oposição. Segundo rádios locais, grupos opositores também ocuparam o Aeroporto Viru Viru de Santa Cruz, o de maior tráfego da Bolívia. No G1 Oposição boliviana diz que reduziu gás para o Brasil Representantes da oposição na Bolívia disseram nesta terça-feira que diminuíram a quantidade de gás enviado ao Brasil, em uma tentativa de pressionar o governo do presidente Evo Morales. O presidente do Comitê Cívico do departamento (Estado) de Tarija, Reinaldo Bayard, disse à BBC Brasil que ele e outros opositores fecharam, nesta terça-feira, uma válvula no gasoduto na cidade de Villamontes, um dos principais centros petroleiros do país. Isso teria reduzido a pressão do gás que é enviado ao mercado brasileiro. Comento Vamos ver se o Lula e esse Itamaraty se posicionam com mais firmeza desta vez. Ainda querem meter esse povinho com o tal do Mercosul. São todos um atraso de vida. Empecilhos para o nosso crescimento. O líder da oposição ao Evo, David Sejas, disse à BBC Brasil, que vão "enfrentar os militares" para chegar às válvulas dos poços de gás que abastecem o Brasil. "Vamos enfrentar os militares no decorrer desta semana", disse Sejas, que é presidente da União Juvenil Cruzenha, em entrevista por telefone. Quando questionado se a medida poderia afetar o abastecimento de gás ao mercado brasileiro, Sejas respondeu: "Claro que sim, que podemos prejudicar este fornecimento". "Estamos dispostos a todo tipo de pressão até que o governo (de Morales) recue nos cortes das verbas (do setor petroleiro para os departamentos) e na nova Constituição", afirmou. A União Juvenil Cruzenha faz parte da estrutura do Comitê Cívico Santa Cruz, principal reduto de oposição a Moralles na Bolívia. Só queremos ver o que os bananas daqui farão. Já está mais que na hora de chamar Evo, às falas.

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