quarta-feira, outubro 01, 2008

O mito da intelectualidade esquerdopata

. Toda semana, recebo dezenas de cartas de estudantes que, em busca de alguma formação intelectual, encontraram nas universidades que freqüentam apenas propaganda comunista rasteira, porca, subginasiana.Ao estudante que consiga ainda vislumbrar o que é vida intelectual e faça dela o objetivo de sua existência, restam dois caminhos: o exílio, que pode levar ao lugar errado (a miséria brasileira nasce em Paris), e o isolamento, que pode levar os mais fracos a um desespero ainda mais profundo do que aquele em que se encontram. O processo é trabalhoso, mas simples: cumprir as tarefas tradicionais do estudo acadêmico, dominar o trivium , aprender a escrever lendo e imitando os clássicos de três idiomas pelo menos, estudar muito Aristóteles, muito Platão, muito Tomás de Aquino, muito Leibniz, Schelling e Husserl, absorver o quanto possível o legado da universidade alemã e austríaca da primeira metade do século XX, conhecer muito bem a história comparada de duas ou três civilizações, absorver os clássicos da teologia e da mística de pelo menos três religiões, e então, só então, ler Marx, Nietzsche, Foucault. Se depois desse regime você ainda se impressionar com esses três, é porque é burro mesmo e eu nada posso fazer por você. Mas o ambiente universitário brasileiro de hoje é tão baixo, tão torpe, que só de a gente apresentar essa lista – o mínimo requerido para uma formação séria de filósofo ou erudito –, o pessoal já arregala os olhos de susto. Na verdade, o estudante brasileiro não lê nada, só resumo e orelha, além de Emir Sader e da dupla Betto & Boff, que não valem o resumo de uma orelha. É tudo farsa, chanchada, pose. Não há quem não saiba disso e não há quem não acabe se acomodando a essa situação como se fosse natural e inevitável. A abjeção intelectual deste país é sem fim.–Trechos de mais um “polemista, direitista, reacionário” dirão os “intelectuais” da escrita latrina-americana (latrina mesmo)…mas quem passou pela universidade pública sabe muito bem que tudo que está escrito acima é a mais pura verdade e levou muito tempo para que vozes opostas à ditadura marxista das universidades começassem a ser questionadas…antes tarde do que nunca Ops! Os trechos acima são de Olavo de Carvalho. Aos futuros acadêmicos do país, quando completarem trinta e cinco anos, irão lembrar dessa fase esquerdofrênica. Eu passei a minha e quanto tempo perdi e como foi difícil recuperar o tempo perdido. Ainda bem que isso tem cura. Um pouco de estudo e leitura, só isso. Dependendo das escolhas, a cura é rápida e prazerosa ou infinita e dolorosa…

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