terça-feira, dezembro 02, 2008

A situação precária da Petrobrás - Quebradeira a vista e não tem "PRE-SÃO" que a salve, hoho

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Análise mais que perfeita de Reinaldo Azevedo
Tiranossauro rex
Se nada lhe ocorrer de útil ou convincente a dizer quando confrontado com fatos que o constranjam, leitor, faça como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás: acuse uma conspiração contra você, os interesses nacionais, o Brasil, sei lá eu. Ora, uma empresa com lucro líquido contabilizado no terceiro trimestre de R$ 10,85 bilhões e com o ganho acumulado até setembro de R$ 26,56 bilhões recorre a um banco público como a CEF para emprestar R$ 2,02 bilhões para capital de giro — traduzindo: a gigante teve problema de caixa —, e os valentes acham que ninguém deve estranhar? Ah, sim: outro empréstimo, de R$ 751 milhões, já havia sido concedido pelo Banco do Brasil. Vi ontem uma propaganda da CEF. Diz lá qualquer coisa como: “Não importa o tamanho da sua empresa, a Caixa está com você...” É, não importa mesmo! Do dia pra noite, a instituição deixou de se fixar em crédito imobiliário, financiamento de obras de cunho social e pequenos empréstimos para socorrer a maior empresa do país. Segundo a ministra Dilma Roussef, emprestar à Petrobrás é motivo de orgulho para qualquer banco. Nem diga! E a tomadora do empréstimo? Orgulha-se dos seus números? No dia 11 do mês passado, a Petrobras anunciou seu lucro histórico, fabuloso mesmo. Vocês se lembram. No dia seguinte, as ações da empresa despencaram. No dia 13, há duas semanas, escrevi aqui o que segue. Retomo depois: A Petrobras em ritmo de país dos petralhas A Petrobras anunciou anteontem um lucro fabuloso, vocês sabem: nada menos de R$ 10,852 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 96%. As ações da empresa deveriam ter disparado ontem, mesmo, vá lá, com o preço do petróleo em queda? Tá bom: uma coisa compensaria a outra, e as ações poderiam ter andado de lado. Mas o que se viu? Elas despencaram. A ação preferencial da Petrobras encerrou com queda de 13,75%, a R$ 20,62. Segundo levantamento da Economática, foi a maior queda da ação em um pregão desde janeiro de 99. O papel ON da estatal caiu 13,25%. Foi só o mau humor da economia mundial? Infelizmente, não foi, não. É que os números fabulosos da Petrobras escondiam, vamos dizer, um jeito um tanto heterodoxo de tentar se relacionar com o mercado. A empresa viveu seu dia de "Petrobras no país dos petralhas". Petralhas acham que podem dar truque em qualquer um — inclusive naqueles bem mais espertos do que eles. É o caso do chamado “pessoal do mercado”. Pra começo de conversa, essa gente costuma é pôr preço no futuro, não no passado. Ganha mais quem acerta na antecipação. Adiante. A empresa acenou para o mercado com o lucro fabuloso e, suponho, apostou que ele não se interessaria por alguns detalhes. E aí o bicho pegou. Sim, o lucro líquido estava 5% acima do que era esperado. Até aí, muito bem. Mas depois os especialistas em ganhar dinheiro se lembraram de que pelo menos R$ 3,5 bilhões desse resultado se deveram a ganhos cambiais. É conjuntura, não estrutura. Muito impertinente, essa rapaziada que é paga para desconfiar resolveu ver de perto os números. E descobriu que o resultado operacional da empresa foi... fraco! Isso mesmo. O tal EBITDA (Earnings Before Interest, Tax, Depreciation and Amortization) — “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) — foi de R$ 15,7 bilhões, e isso estava entre 15% e 20% abaixo da aposta do mercado, com evidência de elevação de custos e de despesas. Também houve aumento do endividamento líquido — R$ 7 bilhões. Aumento de despesas e custos e resultado decepcionante num trimestre em que o preço médio do barril ficou em US$ 100? E como será, então, o quarto, quando a tendência é ficar abaixo de US$ 60 — fechou ontem pouco acima de US$ 56? Pois bem: aí os homens da Petrobras resolveram fazer um conference call com os patriotas do mercado. Falei com um dos participantes, que definiu o resultado como uma “tragédia”. Segundo ele, “parecia a Zélia Cardoso de Mello tentando explicar o Plano Collor, com tradução simultânea para o turco, feita por Ibrahim Eris”. Ah, sem dúvida, os mercados ontem estavam bastante hostis. Mas os resultados da Petrobras e a forma como a empresa tentou se explicar para o mercado, definitivamente, não ajudaram.  Retomo Como se notava já, algo não ia bem. O mercado percebeu e pôs preço nas trapalhadas da Petrobras. À frente da empresa, o sempre muito empertigado e um tanto irratadiço Gabrielli prefere driblar as explicações e dar aulas de patriotismo às oposições: “Eu queria chamar a atenção para a irresponsabilidade de tentar caracterizar como excepcional uma operação que é absolutamente trivial, que foi anunciada quando divulgamos nosso resultado em 11 de novembro e é uma operação que não tem relevância. E, se fosse verdade [que a Petrobrás está com dificuldade de caixa], aí sim é que não se deveria fazer esse escândalo. Se estivéssemos em situação dramática, nós quebraríamos e a irresponsabilidade seria ainda maior". Como é que é? Deixe-me ver se entendi a sua lógica: ele acha que o assunto não merece destaque porque é irrelevante. Mas, argumenta o valente, se fosse relevante, também não se deveria falar a respeito. Em suma: parece que, para o presidente da Petrobras, deveria ser proibido falar sobre a empresa. Ele se esquece de que ela tem uma dimensão duplamente pública: a) porque a maioria das ações pertence, afinal, ao estado brasileiro; b) porque parte das ações é negociada em Bolsa. Ademais, como lembrou editorial do Estadão no sábado, “o Conselho Monetário Nacional (CMN) interveio duas vezes para facilitar a movimentação da Petrobrás no mercado financeiro interno. Na primeira, em 30 de outubro, autorizou a estatal a obter créditos ou garantias no valor de até R$ 8 bilhões. Na segunda, excluiu a empresa dos limites impostos ao setor financeiro público para empréstimos a empresas estatais.” Mas Lula e Gabrielli acham impatriótico que a oposição cobre explicações. O Apedeuta a acusou de “terrorismo”. Lula pode se informar sobre o que é ação terrorista, como bem lembrou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), colhendo informações com uma boa penca dos seus ministros. Quando o barril do petróleo tendia a buscar os US$ 200, a espantosa elevação dos custos da Petrobras parecia não ter tanta importância. Só que ele despencou. E não vai subir tão cedo. Não enquanto os EUA e a Zona do Euro estiverem em recessão. Agora, então, a gastança da empresa começa a fazer diferença. Talvez haja excelentes motivos para que “despesas não-especificadas” tenham saltado de R$ 956 milhões no segundo trimestre para R$ 2,38 bilhões no terceiro. A Petrobras poderia pagar um tributo à transparência e começar, vejam que coisa exótica!, a especificar tais gastos. Seria bacana. Sempre que as oposições cumprem o seu papel, Lula se zanga — em parte, é verdade, é pura falta de costume: delas e dele. Não há conspiração nenhuma, e, infelizmente, ninguém quer privatizar a Petrobras. Só se está pedindo um mínimo de transparência no país que paga uma das gasolinas mais caras do mundo, esteja o barril do Petróleo a US$ 160 ou a US$ 50. Está na hora de domar o Tiranossauro Rex.
A Petrobras está sem dinheiro? A cultura agradece!
A situação na Petrobras parece ainda um tanto obscura, não? Num editorial, no sábado, o Estadão foi ao ponto. Leiam trecho. Volto em seguida. A diretoria da Petrobrás, a maior empresa do Brasil e a mais importante das companhias controladas pelo governo, deve à opinião pública uma explicação clara e detalhada sobre suas dificuldades de caixa e sobre os motivos que a levaram a tomar um empréstimo de R$ 2,02 bilhões da Caixa Econômica Federal. O empréstimo é pequeno, em comparação com o lucro líquido contabilizado no terceiro trimestre, R$ 10,85 bilhões, e com o ganho acumulado até setembro, R$ 26,56 bilhões. Mas também esse contraste justifica a surpresa demonstrada não só por políticos da oposição, mas também por analistas do mercado financeiro e do setor de energia. Por que uma empresa com resultados tão bons, com reputação de competência tecnológica e planos tão ambiciosos de crescimento precisa recorrer, de um momento para outro, a uma instituição especializada em crédito imobiliário e em financiamentos de obras de interesse social, como projetos de saneamento e de transporte? O espanto foi justificado, também, pelo fato de a Petrobrás ser uma empresa com ações cotadas no exterior e com acesso fácil, pelo menos até agora, ao mercado financeiro internacional. Em condições normais, não precisaria, portanto, concorrer com empresas nacionais - e, mais que isso, com empresas muito menores - na busca de empréstimos concedidos no mercado interno, especialmente de recursos destinados ao capital de giro, hoje muito escasso e muito caro para a maior parte das companhias. Voltei Pois é Abaixo, publico a conclusão do artigo. Agora, quero observar outra coisa: a empresa que Roberto Campos chamava “Petrossauro” cortou cafezinho, celular, brindes e, atenção!, sua sempre cobiçada verba para a produção cultural. Deve haver algum provérbio chinês — há provérbio chinês para qualquer coisa — que diz assim: “Nada é inteiramente ruim, gafanhoto!”. Pensem bem: sem verba para a cultura, haverá uma expressiva diminuição de filmes ruins, de danças folclóricas picaretas para turistas e de outras manifestações populares em que o povo finge ser o povo. É ou não é uma maravilha? Sabem aquele cineasta genial, mas que ninguém vê — a não ser a graninha da Petrossauro? Pois é. Ele continuará genial, seu filme continuará a não ser visto, mas também não será rodado. As macumbas pra turistas, afetando a nossa manemolência sestrosa, também serão suspensas por um tempo. Que bom! Nunca é tarde para se ganhar a vida honestamente. Sou do tipo que acha que empresa de petróleo deve extrair petróleo, não mistificações — sobre o solo ou sete quilômetros abaixo dele. A Petrobras está com problema de caixa. Um ganho formidável para a cultura nacional. E agora a conclusão do editorial do Estadão: Antes de recorrer à Caixa, no entanto, a Petrobrás já havia atingido, com um financiamento de R$ 751 milhões, seu limite de crédito no Banco do Brasil (BB). Esse fato não havia chamado a atenção. Só ganhou publicidade mais tarde, quando o empréstimo de R$ 2,02 bilhões já estava acertado. O Conselho Monetário Nacional (CMN) interveio duas vezes para facilitar a movimentação da Petrobrás no mercado financeiro interno. Na primeira, em 30 de outubro, autorizou a estatal a obter créditos ou garantias no valor de até R$ 8 bilhões. Na segunda, excluiu a empresa dos limites impostos ao setor financeiro público para empréstimos a empresas estatais. Tanto da Petrobrás quanto do governo partiram explicações consideradas pouco satisfatórias por analistas do mercado. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a empresa teve de recolher grande volume de impostos e teve dificuldades momentâneas de capital de giro. Por isso precisou buscar financiamento. Foi, resumidamente, a explicação oferecida também pela estatal. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou a existência de qualquer problema sério. A Petrobrás, segundo ela, agiu como qualquer outra empresa em busca de capital de giro para pagar impostos. Escolheu a Caixa como poderia ter escolhido qualquer banco, acrescentou. Todo banco, segundo ela, sonha em emprestar dinheiro à estatal. Pode ser, mas a Petrobrás acabou recorrendo a duas instituições controladas pelo Tesouro Nacional e, além disso, o CMN precisou mudar regras para permitir a movimentação da empresa no mercado bancário nacional. Há fatos estranhos em número mais que suficiente para justificar a cobrança de explicações. A piora das condições no mercado internacional de capitais não é novidade e várias empresas brasileiras se voltaram para o mercado interno em busca de financiamento. Essa explicação faria sentido. Menos evidente é a alegação de que a empresa tenha sido surpreendida pelo pagamento de royalties. A valorização do dólar, que elevou o débito em reais, torna o assunto um pouco menos misterioso, mas não elimina dúvidas sobre a gestão de caixa da empresa. Além do mais, o último balanço financeiro da empresa mostrou uma grande elevação de custos. Com o preço do petróleo em torno de US$ 50 por barril - cerca de um terço do que era há poucos meses - e a economia global em marcha lenta, o peso relativo desses custos muda consideravelmente. Depois, faltou esclarecer a destinação efetiva de grandes volumes de dinheiro, como despesas não especificadas, por exemplo, que passaram de R$ 956 milhões no segundo trimestre para R$ 2,38 bilhões no terceiro. Quanto mais pronto o esclarecimento dessa e de outras questões, menor o risco de uma indesejável e danosa exploração política das dificuldades, quase certamente passageiras, da Petrobrás.
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O PT vai conseguir o que a Rússia não conseguiu. Vou te falar uma coisa meu querido, todo esse povinho que está no poder, incluindo-se aí a base aliada, que mama igualmente nas tetas do erário, vai se dar bem para o resto da vida, hoooo se vai!  Mesmo que entre o governo mais honesto e ético, todos, sem exceção, comerão nas mãos da ptralhada. Sabe pq? Pq os bichos já estão bem carecas de fazer dossiês comprometedores verdadeiros dos desonestos e os fabricados para os honestos.  Vão intimidar e desmoralizar qualquer um que tente pô-los na cadeia. Essa turma tá roubando muito, são mafiosos, são perigosos e vão quebrar as grandes corporações nacionais, entre elas a Petrobrás, BB, Caixa, etc. Estão pondo o dinheiro, não em paraísos fiscais como os outros anteriores fizeram, mas estão investindo pesadamente em governos e países comunistas e ditatoriais. Esse dinheiro vai servir pra fomentar o tal do levante socialista pelo mundo. Quem está financiando esse marolão de corrupção pelo mundo, são os ptralhas. Vão colocar governos socialistas na América Latina inteira, África e aonde quiserem. Dinheiro tem para isso. Dinheiro do nosso povo, dos FGTS e Fundos de Pensões de nossos trabalhadores. O PL que regulamentou contribuição sindical (imposto sindical), repassa tudo ao Ministério do Trabalho. O governo arrecada R$ 100 milhões, vão sobrar R$ 50 milhões paras dividir entre seis ou sete centrais, de acordo com algumas regras impostas pelo projeto, sabe onde vai parar essa grana? Nos novos paraísos que o "burro" do Lula vai corromper. Finalmente a REVOLUÇÃO COMUNISTA ORGÂNICA SAIRÁ DA RETÓRICA E DA UTOPIA. E não vão dar um tiro. Isso tudo é armação PTRALHA. A URSAL OU UNASUL, é cafezinho, eu já disse! Besta somos nós se acharmos que eles são burros. 
Eles conseguirão? Essa é a questão!

Um comentário:

Leonardo de Barros disse...

Sou leitor do Reinaldo, vim conhecer seu blog.

Abraço,

www.leonardobarros.com

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