quinta-feira, abril 09, 2009

Primeira conseqüência da ação de Lula: ações do BB despencam com troca de comando

Por Claudia Violante, da Agência Estado:
Em mais um dia norteada pelo comportamento externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um grande destaque doméstico: a substituição do presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco Lima Neto. A notícia pegou o mercado de surpresa e a reação nos papéis não deixou dúvidas sobre a avaliação dos especialistas: as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da instituição fecharam em baixa 8,15%, depois de recuar 9% na mínima do dia. No mais, as notícias nos Estados Unidos serviram para impulsionar as compras no mercado doméstico, onde continuou a ser registrado ingresso de recursos estrangeiros. A Bovespa acabou a sessão em alta de 0,82%, aos 44.181,98 pontos. Na mínima do dia, atingiu os 43.706 pontos (-0,27%) e, na máxima, de 44.390 pontos (+1,29%). No mês, acumula ganho de 7,96% e, no ano, de 17,66%. O Wall Street Journal trouxe reportagem hoje na qual informava que o Tesouro norte-americano decidiu estender o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, em inglês) para seguradoras em dificuldades, o que fez com que as ações do setor avançassem e contribuíssem para um humor melhor desde cedo. As ações nas bolsas do país também subiram mais cedo por causa da compra da Centex pela Pulte Homes, do setor da construção civil. No meio da tarde, a bolsa de Nova York ensaiou uma queda, depois da divulgação da ata da última reunião do banco central norte-americano (Federal Reserve), ocorrida nos dias 17 e 18 de março. O documento revelou a redução, pelo Fed, da estimativa do PIB para o segundo semestre de 2009 e para 2010 e mostrou que os membros do comitê do Federal Reserve estiveram divididos sobre o tamanho das compras diretas de ativos lastreados em hipotecas. Mais perto do final do pregão, o Dow Jones retomou a alta e fechou em +0,61%, aos 7.837,11 pontos. S&P avançou 1,18%, aos 825,16 pontos, e Nasdaq terminou em elevação de 1,86%, aos 1.590,66 pontos. Mercado interno No Brasil, o assunto do dia foi a substituição do presidente do Banco do Brasil. A notícia foi veiculada na manchete de O Globo de hoje e confirmada ainda pela manhã pelo presidente Lula. Na entrevista para anunciar o substituto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que Lima Neto pediu para deixar o cargo há algumas semanas e afirmou que seu substituto, vice-presidência de Cartões e Novos Negócios de Varejo, Aldemir Bendine, assume o cargo com o compromisso de implementar uma política mais agressiva de aumento do crédito e ampliação da concorrência entre os bancos brasileiros. Segundo o ministro, a concorrência entre os bancos nacionais é incipiente e insatisfatória, motivo pelo qual o spread bancário é elevado. Em sua matéria sobre o assunto, O Globo informava que Lima Neto estaria deixando o cargo por causa dos altos spreads cobrados pela instituição. O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), avaliou que a "não adianta mudar o presidente porque isso (redução do spread) depende de uma estratégia de todo o banco". Os investidores avaliaram que a ação significa ingerência política na instituição e explicam que se a redução do spread for intensificada pela nova direção, afetará a lucratividade do banco. No setor bancário, do Ibovespa, apenas Bradesco PN subiu, 1,27%. Itaú PN caiu 0,14%, ON, 1,07%, BB ON, 8,15%, Nossa Caixa ON, 0,35%.
comento
O BB é e sempre foi um banco voraz que trata seus clientes até com certa hostilidade. Basta ver o tanto de agricultores e empresários que estão falidos por tomar empréstimos lá. Mas para emprestar a políticos safados pode. Quem não lembra do ESCANDÂLO DA MANDIOCA?
"O Escândalo da Mandioca foi o maior escândalo financeiro de Pernambuco, ocorrido no período entre 1979 e 1981 na agência do Banco do Brasil de Floresta, resultando no desvio de Cr$ 1,5 bilhão (R$ 20 milhões em valores de hoje) do Proagro - programa de incentivo agrícola criado pelo Governo Federal em 1973. O golpe consistiu na obtenção de documentos falsos para conseguir créditos agrícolas para o plantio demandiocafeijãocebolamelão e melancia, utilizando cadastros frios, propriedades fictícias e agricultores fantasmas. Os empréstimos eram feitos ao banco supostamente para o plantio; em seguida alegava-se que a seca destruíra as plantações (que na verdade nunca foram feitas) e ninguém pagava nada, sendo os prejuízos cobertos pelo seguro agrícola, e que teve 26 envolvidos, entre eles o entâo gerente desta agência, Edmílson Soares Lins e vários funcionários do Banco do Brasil, pequenos e grandes agricultores, comerciantes e políticos de Floresta, e que cujo processo criminal tem 70 volumes e pouco mais de 20.000 páginas, e que até recentemente não teve solução" 
Um Banco Estatal não deveria capitalizar igual a um banco privado. Mas sendo uma economia mista e tendo que proteger os acionistas, ele já deveria ter posto um plano diferenciado a muito tempo. O que temos visto e sabido é que o BB é tão voraz quanto um Banco privado. Se não era para ser competidor, porque comprou bancos menores para ficar em pé de igualdade com os maiores? Pelo que se sabe, ainda tem o objetivo de continuar comprando. Fica sem sentido ou de intensão duvidosa a troca de um Presidente por outro que cumpra as metas POLÍTICAS do Planalto. E essa história de querer ser o fiel da balança e servir de carro-chefe para a redução do spread bancário, não vai colar e é pura conversinha para boi dormir. Será que o Lula está pensando que vai poder aparelhar o BC e BB? É muita audácia achar que o setor financeiro vai seguí-lo na redução do spread, apenas por quê ele quer.  
Esse apedeuta é mesmo pretensioso. Voltou das oropas com as idéias fervilhando. Se vão começar a aparelhar o BC e BB.  
Vamos ficar de olho NAS MANDIOCAS, não é não?

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