quinta-feira, abril 09, 2009

Cristóvão Buarque! HEY SILLY MAN!!!

Cristovam, pegue o boné e vá pra casa. "Abaixo o povo, viva a elite!" Por ReinaldoAzevedo
Um "texto de formação" para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que, coitado!, ainda não entendeu o regime democrático. Segundo afirmou, se o povo decidisse, em plebiscito, fechar o Congresso, isso não seria golpe. Se ele não entendeu a democracia até agora, esqueçam. Não dá mais tempo. O texto de formação fica só para leitores. Suponho que esteja tentando ser, a um só tempo, irônico com as críticas generalizadas ao Congresso e também crítico aos desmandos do Legislativo. Nos termos em que se expressa, no entanto, consegue se mostrar, no máximo, tolo. Seu discurso, aliás, é uma evidência da assustadora mediocridade do Parlamento. Mas nem assim se justificaria o seu fechamento. Uma democracia é obrigada a conviver até com bobagens. A ironia e argumentação ab absurdo são recursos retóricos válidos num discurso ou numa porfia. O diabo é que essas coisas se desfazem quando o senador afirma que, se o povo votasse pelo fechamento do Parlamento, “isso não seria golpe”. Errou, senador! Errou feio! Seria golpe, sim. O senhor tire o bloquinho do bolso e anote aí o que Tio Rei vai dizer — Tio Rei não se importa de aprender com os moços ou de ensinar aos velhos: nem o povo tem legitimidade para fraudar a essência da democracia. Pense, senador, por exemplo, nas cláusulas pétreas da Constituição. Não podem ser mudadas, como o senhor deve saber, por emenda constitucional ou por qualquer outro instrumento. Só uma Constituinte poderia alterá-la. E uma Constituinte requer rompimento da ordem. Ademais, caro senhor: se fosse dado ao povo votar em tal plebiscito, quem lhe teria facultado tal possibilidade senão um golpista? Não, não, senador! O Parlamento tem de continuar aberto, operando com todas as suas prerrogativas. E tem de ser decente. Ainda que o senhor, pelo visto, não considere isso possível. Sendo assim, em vez de dizer tolices, tem de pegar o boné e ir pra casa. Nem o povo tem o direito de, usando os instrumentos da democracia, solapar a democracia. É por isso, senador, que um linchamento, segundo os valores que aprendemos a cultivar, será sempre uma barbárie, independentemente dos motivos, das motivações e do crime cometido por aquele que se quer esfolar. Porque a civilização democrática aprendeu que os julgamentos devem ser feitos em tribunais, garantindo-se o direito de defesa. Ainda que o povo queira o direito de linchar, nós não lho daremos. O senhor me entende? Quer que eu desenhe? “Nós, quem?”, o senhor poderia perguntar. Respondo sem susto — e quem sabe o senhor fique um tanto arrepiado: “nós, as elites”, os que formos distinguidos, por um conjunto de razões, para zelar por valores que a todos protegem, embora nem todos possam estar dispostos a protegê-los. O seu destempero retórico pode nascer do desencanto — tenho até certa simpatia pelos desencantados e pelos pessimistas —, mas se deixa tocar pelo populismo mais rasteiro quando supõe que a única fonte de legitimidade da democracia é a maioria. O senhor está errado. Não existe democracia sem a proteção às minorias. Aliás, senador, nem é preciso regime democrático para fazer o que a maioria quer, como o fascismo deixou claro. Na democracia, senador, a gente tem de ser tão diligente, mas tão diligente, que, se for preciso, a gente ajuda o povo a se proteger de si mesmo... E de alguns senadores, é claro!
*
Cristovão é o bobo da corte. Discursos inúteis quase sempre. Alguns em verso e prosa.  É da base aliada. Por vezes, finge que bate, mas é apenas teatrinho. Vota sempre ao lado e do lado dos corruptos. UM MÁSCARADO, DEMAGOGO, TRAVESTIDO DE "EDUCADOR". Cristóvão, HEY SILLY MAN! Pegue seu banquinho e saia de mansinho!

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